terça-feira, 30 de abril de 2013

Festas na Aldeia II


No Porto Silvado, a festa era programada de um ano para o outro. Era nomeado um mordomo, por ordem de casamento, que programava a festa do ano seguinte para que tudo decorresse da melhor forma. E ao longo de muitos anos tudo decorreu da mesma maneira.
Na semana que antecedia a festa, os homens enfeitavam o largo e algumas ruas, faziam a quermesse e o bufete; as mulheres enfeitavam a Capela.
Matavam-se cabras, ovelhas, galinhas ou coelhos e as mulheres temperavam as suas carnes. Na véspera deitavam o lume ao forno e faziam-se os pratos tradicionais da região. A carne fresca, a tigelada, os coscoréis, o arroz doce, o pão leve e outras especialidades da região enchiam as mesas de cada habitação no dia da festa, sempre com muita fartura, pois era costume aparecerem pessoas de outras aldeias que nunca ficavam sem comer uma refeição em casa de qualquer dos habitantes da nossa hospitaleira povoação.
Chegados os foguetes, lançava-se uma descarga anunciando a festa.
 
Fogueteiros

 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Festas na Aldeia

O Verão aproxima-se e  com ele a festa anual. A direcção da Comissão já a está a planificar e, enquanto não chega o programa da festa de 2013, fazemos -se aqui um pequeno resumo de como eram as festas de antigamente na nossa aldeia.


- O Largo sobre a Barroca -


A data da festa foi variando ao longo dos tempos.
Durante muitos anos, realizou-se no dia 16 de Julho, dia da padroeira da povoação - Nª. Sra. do Carmo. Essa data,  coincidia muitas vezes com um dia de semana e, muitos portossilvadenses viam-se privados de ir à festa, devido aos seus afazeres profissionais.
Por essa razão, a festa foi transferida para o segundo Sábado de Setembro e, mais tarde, para o primeiro Sábado de Agosto, prolongando-se também pelo Domingo..
O local da festa também foi mudando. Realizou-se: na Eira de Cima, às Sortes e mais tarde, após a cobertura das Barrocas, no Largo que aí se formou.

O Baile no Largo
 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

"Olhares" da Nossa Aldeia

 
Porto Silvado photo PS_zps8058cdac.jpg
 
 
Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.