sábado, 4 de maio de 2013

Festas na Aldeia III

O Programa da festa tem variado ao longo dos anos.
No dia da festa, logo de manhã cedo, toda a povoação despertava ao som da Alvorada de foguetes e morteiros.
Aos poucos, todos vestiam o seu melhor fato e seguiam para a capela para assistirem à Missa, no fim da qual se fazia o leilão ofertas para Nª. Sra. do Carmo.
Logo após o leilão seguia-se o jantar (actual almoço).
Após a grande refeição do dia, seguiam para o local onde se realizava a parte pagã da festa.
Aos poucos, os forasteiros iam chegando. Alguns traziam os seus instrumentos musicais e juntavam-se aos tocadores da terra e faziam grandes arraiais.


 
No intervalo do baile iam ao bufete, onde saciavam a sede ou iam à quermesse tirar uma rifa.
Ao longo do dia, os fogueteiros lançavam para o ar grandes descargas de foguetes.
À noite vinha a ceia e, novamente, a mesa era repleta de manjares que em muitas casas só se comiam nesse dia.
Seguia-se de novo o baile com músicas típicas da região. Ao som das concertinas, violas e guitarras, tendo como iluminação a luz das candeias, lanternas ou candeeiros a petróleo , os pares rodopiavam até de manhãzinha e o baile só terminava porque tinham que seguir logo para o mato, mesmo sem dormir, para dar início a outro dia de trabalho.
A partir de determinada altura, a festa passou a contar com a ajuda duma aparelhagem sonora que chegava na véspera da festa.
Funcionava com energia produzida por um gerador que alimentava também a iluminação do largo e da rua principal. Era a única altura em que a povoação tinha luz eléctrica.
 

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